O cotonete é um estilete curto revestido numa ou em ambas as extremidades por bolas de algodão absorvente. São muito utilizados em cosmética e higiene pessoal, sobretudo na limpeza dos ouvidos.
A ideia da criação duma haste flexível nasceu em 1922 através de um polaco naturalizado americano, Leo Gersternzang, quando via a esposa a limpar as orelhas da filha depois do banho usando um palito de madeira com algodão na ponta. Preocupado com o risco da madeira poder ferir as orelhas da sua filha ou do algodão poder ficar inserido no ouvido, decidiu criar um estilete flexível que não provocasse danos nos bebés tentando assim dar mais segurança ao seu manuseamento.
Leo tinha uma empresa especializada em produtos para bebés, a Leo Gerstenzang Infant Novelty Company, pelo que foi através dela que decidiu efectuar toda a pesquisa e desenvolvimento da sua ideia.
Apesar dos recursos da sua empresa, só após alguns anos é que conseguiu chegar ao modelo pretendido, que tivesse a mesma quantidade de algodão em cada ponta. Por fim decidiu ainda conceber uma embalagem especial, desenhada para ser possível ser aberta com uma só mão e tirar o cotonete, enquanto com o outro braço se segura o bebé.
Após ter aperfeiçoado o produto, Leo tentou viabilizá-lo comercialmente. Por ser um produto destinado a manter as crianças felizes e cuidadas chamou-lhe “Baby Gays”. Em 1926 mudou o nome para “Q-Tips Baby Gays”, significando o “Q” qualidade.

O  uso de cotonetes dentro do canal do ouvido ( orelha externa) não é correto, pois o cerúmen, produzido por glândulas da região, tem propriedades antibacterianas e antifúngicas que previnem infecções. A orelha externa tem capacidade de autolimpeza, pois empurra para fora restos de células cutâneas mortas e excessos de cerúmen.
Portanto, a introdução de cotonetes remove essa proteção natural e, muitas vezes, empurra o cerúmen para o fundo do canal, formando uma “rolha” que diminui a audição e causa desconforto. São comuns perfurações do tímpano causadas pelo seu uso inadequado. A higienização correta deve ser feita com uma toalha fina ou uma gaze, enrolada no dedo indicador, que limpará apenas a entrada da orelha externa. E lembre-se de secá-la bem após o banho. Pacientes que produzem grande quantidade de cerúmen precisam fazer remoções ocasionais no consultório do otorrinogologista.
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Este post foi escrito por: Matheus Ribeiro

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